Com o aumento da falta de água e poluição no Oriente Médio, artistas
da região estão trabalhando para deixar as questões ambientais mais
visíveis, não só em casa, mas também em fóruns internacionais e até na
Bienal de Veneza, onde o Iraque terá seu primeiro pavilhão, depois de 35
anos.
No Irã, onde os protestantes têm sido duramente reprimidos, e alguns
até torturados depois de pedir proteção para o Lago Urmia, artistas
estão também alertando contra outros tipos de degradação ambiental.
Na cidade de Kerman, um grupo de artistas iranianos utilizou tocos de
árvore para bloquear uma rua da cidade em protesto ao desmatamento. Na
esfumaçada cidade de Tehran, uma das mais poluídas do mundo, outros
artistas realizaram o Tehran Monoxide Project,
que nada mais é do que uma exibição de trabalhos envolvendo várias
mídias em uma escola local para refletir sobre a saúde das crianças em
um lugar onde “a cidade e a sua poluição são inseparáveis”.
Já os seis artistas iraquianos escolhidos
para expor na Bienal de Veneza resolveram focar em algo que para eles é
mais emergência do que as guerras civis ou o terrorismo: a falta de
água.
O tema para o pavilhão iraquiano, “Água
Ferida”, foi escolhido para chamar a atenção para um recurso crítico que
está em crise por desvio, contaminação e negligência. Ou, como o
curador Rijin Sahakian escreveu no catálogo da exposição, “a escassez
causou ameaças e, em alguns casos, a extinção de muitas pessoas, animais
e plantas. Tanto os artistas como os cientistas encontraram novas
formas de se adaptar a novas circunstâncias ambientais”.
A obra abaixo, de Azad Nanakeli, intitulada
AU, por exemplo, reflete o retorno do artista à sua casa em Erbil, e a
descoberta de que todas as fontes estavam contaminadas com esgotos e
químicos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pela visita, deixe aqui seu comentário ou dúvida que entraremos em contato: