Esgoto

Números mais importantes:

  • Apenas 44,5% da população brasileira está conectada a uma rede de esgotos'
  • Do esgoto coletado, somente cerca de 37,9% é tratado
Fonte: SNIS 2009 (Ministério das Cidades)
  • Cada R$ 1 investido em saneamento gera economia de R$ 4 na área de saúde
Fonte: Organização Mundial da Saúde, 2004.
  • O Brasil é o 9º colocado no ranking mundial “da vergonha” com 13 milhões de habitantes sem acesso a banheiro.
Fonte: Estudo Progress on Sanitation and Drinking Water – OMS/UNICEF, 2010.
  • Entre 2003 e 2008 houve um avanço de 4,5% no atendimento de esgoto e de 14,1% no tratamento de esgoto das 81 maiores cidades do País, com mais de 300 mil habitantes.
  • 72 milhões é o número de habitantes dessas cidades.
  • 129 litros de água por dia é o consumo médio desta população.
  • 150 litros de água por dia é o consumo médio do brasileiro.
  • 80% em média da água consumida se transforma em esgoto.
  • 9,3 bilhões de litros de esgoto é o total gerado todos os dias por essa população
  • Essas cidades despejam, diariamente, 5,9 bilhões de litros de esgoto sem tratamento algum, contaminando solos, rios, mananciais e praias do País, com impactos diretos à saúde da população.
  • Em média, apenas 36% do esgoto gerado nessas cidades recebem algum tipo de tratamento.
Fonte: Ranking Trata Brasil com avaliação dos serviços de saneamento nas 81 maiores cidades do País, 2010.
  • Em 2009 a participação dos domicílios atendidos pelo serviço de rede coletora ou por fossa séptica à rede coletora foi de 59,1%;
  • As regiões Norte e Nordeste tiveram as menores parcelas de domicílios atendidos por este serviço, com 13,5% e 33,8%, respectivamente, do total de domicílios da região, equivalentes a, respectivamente, 555 mil e 5,2 milhões de domicílios;
Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Síntese dos Indicadores de 2009 – IBGE, 2010
  • Investe-se muito pouco em saneamento, o que torna a universalização muito distante. Deveriam ser investidos 0,63% do PIB, mas efetivamente são investidos apenas 0,22%.
  • Menos de 30% das obras do PAC Saneamento foram concluídas até 2010 (Ministério das Cidades).
  • Estudo do Trata Brasil “De Olho no PAC”, que acompanha a execução de 101 grandes de saneamento em municípios acima de 500 mil habitantes, mostra que somente 4% de obras finalizadas. Cerca de 60% destas obras estão paralisadas, atrasadas ou ainda não iniciadas.
Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Síntese dos Indicadores de 2009 – IBGE, 2010

Impactos à sociedade:

  • Por ano, 217 mil trabalhadores precisam se afastar de suas atividades devido a problemas gastrointestinais ligados a falta de saneamento. A cada afastamento perdem-se 17 horas de trabalho.
  • A probabilidade de uma pessoa com acesso a rede de esgoto faltar as suas atividades normais por diarréia é 19,2% menor que uma pessoa que não tem acesso à rede.
  • Considerando o valor médio da hora de trabalho no País de R$ 5,70 e apenas os afastamentos provocados apenas pela falta de saneamento básico, os custos chegam a R$ 238 milhões por ano em horas-pagas e não trabalhadas.
  • De acordo com o DATASUS, em 2009, dos 462 mil pacientes internados por infecções gastrointestinais, 2.101 faleceram no hospital.
  • Cada internação custa, em média R$ 350,00. Com o acesso universal ao saneamento, haveria uma redução de 25% no número de internações e de 65% na mortalidade, ou seja, 1.277 vidas seriam salvas.
Fonte: Pesquisa Benefícios Econômicos da Expansão do Saneamento Brasileiro – Trata Brasil/FGV, 2010.
  • A diferença de aproveitamento escolar entre crianças que têm e não têm acesso ao saneamento básico é de 18%;
  • 11% das faltas do trabalhador estão relacionadas a problemas causados por esse mesmo problema;
  • Apesar do relevante aumento de arrecadação e renda resultantes de maior fluxo de pessoas em 20 destinos turísticos indicados pela Embratur, essas localidades acusam ainda um subinvestimento das necessidades básicas;
  • Cada 1 milhão investido em obas de esgoto sanitário gera 30 empregos diretos e 20 indiretos, além dos permanentes quando o sistema entra em operação. Com o investimento de R$ 11 bilhões por ano reivindicado pelo setor de saneamento, calcula-se que sejam gerados 550 mil novos empregos no mesmo período;
  • Se os investimentos em saneamento continuarem no mesmo ritmo, apenas em 2122 todos os brasileiros teriam acesso a esse serviço básico.
  • As 81 maiores cidades do país, com mais de 300 mil habitantes, despejam, diariamente, 5,9 bilhões de litros de esgoto sem tratamento algum, contaminando solos, rios, mananciais e praias do país, com impactos diretos a saúde da população.
Fonte: Pesquisa Saneamento, Educação, Trabalho e Turismo – Trata Brasil/FGV, 2008.

Ganhos ao cidadão e ao país:

  • Ao ter acesso à rede de esgoto, um trabalhador aumenta a sua produtividade em 13,3%, permitindo assim o crescimento de sua renda na mesma proporção.
  • Com a universalização do acesso a rede de esgoto, a estimativa é que a massa de salários, que hoje gira em torno de R$ 1,1 trilhão, se eleve em 3,8%, provocando um aumento na renda de R$ 41,5 bilhões por ano.
  • A universalização do acesso a rede de esgoto pode ainda proporcionar uma valorização média de até 18% no valor dos imóveis.
  • A valorização dos imóveis pode alcançar R$ 74 bilhões, valor 49% maior que o custo das obras de saneamento avaliado em R$ 49,8 bilhões (considerando apenas novas ligações).
  • Em longo prazo, o acesso à rede de esgoto implicaria um aumento na arrecadação do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) na mesma proporção do valor médio dos imóveis, um ganho estimado de R$ 385 milhões ao ano. Já no Imposto Sobre Transferência de Bens de Imóveis (ITBI) o crescimento esperado é superior a R$ 80 milhões por ano.
Fonte: Pesquisa Benefícios Econômicos da Expansão do Saneamento Brasileiro – Trata Brasil/FGV, 2010.

O Brasileiro conhece o tema do Saneamento?

  • Pesquisa feita com 1008 responsáveis por domicílios nos municípios com mais de 300 mil habitantes (79 cidades), em 2008, revelou que 31% da população desconhecem o que é Saneamento e somente 3% relacionam à saúde;
  • Pouco mais de ¼ dos entrevistados desconhece o destino no esgoto da sua cidade, percentual similar aos que acreditam que os resíduos seguem para uma estação de tratamento. Para 1/3 dos entrevistados o esgoto segue direto para os rios;
  • 84% consideram sua qualidade de vida melhor ou muito melhor em função da maneiro como seu esgoto é coletado;
  • A maioria dos entrevistados, 68%, entende que a Administração Municipal é a responsável pelos serviços de Saneamento Básico;
  • Quase metade dos entrevistados (41%) não pagaria para ter seu domicílio ligado à rede coletora de esgotos. O julgamento em relação à qualidade dos serviços justifica este posicionamento: ¼ estão insatisfeitos ou muito insatisfeitos com os serviços de coleta e de tratamento de esgoto;
  • Seja na cidade ou nas escolas, a maioria dos entrevistados afirma que não houve campanha eleitoral para divulgar a importância da coleta e do tratamento do esgoto. Entre os que não estão ligados à rede 85% e 70% não presenciaram as campanhas na cidade ou nas escolas, respectivamente, deflagrando a demanda por informação e esclarecimento nestes âmbitos.

Fonte: Percepções dos Brasileiros sobre Saneamento Básico – Trata Brasil/Ibope , 2009.